Rio Claro lança Conferência Municipal de Educação
28/05/2009
Pelo menos 450 pessoas, entre diretores de escolas, supervisores, professores, funcionários e estudantes ocuparam na terça-feira, 26, as dependências do teatro do Centro Cultural "Roberto Palmari" para a o lançamento da 3ª Conferência Municipal de Educação. A mesa de autoridades reuniu a vice-prefeita e secretária municipal de Governo, Olga Salomão, a secretária municipal de Educação, Heloísa Maria Cunha do Carmo, a presidente do Conselho Municipal de Educação, Valéria Aparecida Vieira Velis e a assessora parlamentar Thais Lopes Casado, que representou a presidente da Câmara Municipal, vereadora Mônica Hussni Messetti.
Os integrantes da mesa chamaram a atenção dos participantes sobre a importância dos debates que precederão a Conferência Municipal de Educação a ser realizada nos dias 19 e 20 de junho no auditório do Núcleo Administrativo Municipal (NAM). Além do lançamento, na última terça-feira, o debate vai estar presente em seis pré-conferências preparatórias já programadas para os dias 2, 3 e 4 de junho em quatro escolas da rede municipal, no Colégio Puríssimo e na Paróquia do Espírito Santo.
As três oradoras da noite - Olga, Heloísa e Valéria - destacaram o fato de que a conferência não é realizada no município desde 2002, interrompendo-se, então, o ciclo previsto para estas discussões, que deveriam ocorrer no âmbito municipal de três em três anos. Elas lamentaram a interrupção, mas, de outra parte, saudaram o "resgate da iniciativa na atual gestão municipal". Segundo a vice-prefeita, que na ocasião representou o prefeito Du Altimari, a "democracia participativa que a administração municipal já defendia na campanha eleitoral e adota agora, na prática governamental, é essencial para que se formulem políticas públicas nascidas da vontade popular". "Nestes seis meses da nossa gestão já estamos concretizando a terceira conferência municipal", lembrou Olga, referindo-se às conferências para a Promoção da Igualdade Racial e da Segurança Pública, que antecederam a da Educação.
Ensino Médio
A vice-prefeita manifestou sua apreensão com a formação no ensino médio, citando pesquisa realizada no âmbito municipal, recentemente - não pela prefeitura - que situou neste nível de ensino justamente o centro de preocupação da sociedade local. "Escola tem de alfabetizar, informar e formar cidadãos", afirmou. E acrescentou: "nossas crianças e adolescentes têm de ser preparados para o coletivo, não para o individualismo exacerbado que impera hoje".
Na mesma linha da vice-prefeita, a secretária Heloísa insistiu que as discussões que devem prosperar no encaminhamento da Conferência Municipal de Educação têm, "necessariamente, a responsabilidade de definir o modelo de que queremos e não apenas do ponto de vista da estrutura, mas principalmente dos resultados que esperamos e quais são estes resultados e meios para atingi-los", desafiou. "Nosso objetivo deve ser formar crianças e adolescentes capazes de pensar e desejar uma sociedade mais justa, livre das desigualdades sociais grotescas que ainda verificamos", perseverou. Heloisa disse que as propostas da conferência municipal avançarão para a fase estadual e, depois, para a etapa nacional, mas que vão nortear também "o plano municipal de educação em Rio Claro".
"Para todos"
O Conselho Municipal de Educação "defende uma escola de qualidade, uma escola para todos", incitou a presidente da entidade, Valéria Aparecida Vieira Velis ao convocar todos os educadores e participantes da conferência para uma empreitada cívica, em que "todos discutam em profundidade a situação da educação e apresentem propostas que se configurem como novas rotas em direção a um ensino que contemple o saber, o senso crítico e a cidadania", refletiu.
Depois de desfeita a mesa de autoridades, dois convidados abordaram os mecanismos básicos que deverão orientar a realização das pré-conferências e da conferência propriamente dita, lançando já alguns pontos obrigatórios para reflexão. A colaboração dos dois palestrantes foi bem recebida pelos participantes. Os convidados para estas duas preleções foram os professores doutores Maria Theresa de Freitas Adrião, da Unesp, e Pedro Laudinor Goergen, da Unicamp e Universidade de Sorocaba.